Páginas

quinta-feira, 3 de setembro de 2009



DESAVERGONHADA PRECE

deserdado alcorão do meu sertão
que aqui
a ti
defloro

que da serra que sorve sangue
e acolhe pessimistas mentais
e lendas mundanas

como um néctar
de aragem falsa

entrecortas com teu jibão
a dor que importas do corpo
que da terra aquece

como um moinho
que inflama uivos, lamentos, medos

entre o cão
que da passagem expulsa
a feira de uma paisagem sem flores

encaixotando com seu tilintar
de lares vesgos e rotos
a volúpia de um legado
de feses e liliputianos espermas

e que do cogumelo
que o planeta acusa
sejamos todos
apadrinhados da idiotice que nos cerca.

Cgurgel

2 comentários:

  1. Parabéns pelo blog, amigo. Vou virar seguidor e botar o link no meu blog. Abraço!

    ResponderExcluir
  2. farei o mesmo contigo. salve a poesia!!
    abs
    Cgurgel

    ResponderExcluir