NEÓFITO
descendo
de pirâmides
que me furtam mãos,
penhascos e ruídos
sou
uma máscara
que ao sol se por
chicoteia bandidos,
alaúdes e penitências
me lanço
propositadamente
no voador tapete
que rouba sonhos e selvas
busco
como quem vive no mar
o espelho
que da minha sombra
fragmenta espaços
e sondas
e
vivo
o tempo todo
exatamente igual
ao mais improvável ser
desse tempo
contemporâneo ácido
e fugidio.
Cgurgel
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