Páginas

domingo, 13 de setembro de 2009



NEÓFITO

descendo
de pirâmides
que me furtam mãos,
penhascos e ruídos

sou
uma máscara
que ao sol se por
chicoteia bandidos,
alaúdes e penitências

me lanço
propositadamente
no voador tapete
que rouba sonhos e selvas

busco
como quem vive no mar
o espelho
que da minha sombra
fragmenta espaços
e sondas

e
vivo
o tempo todo
exatamente igual
ao mais improvável ser
desse tempo
contemporâneo ácido
e fugidio.

Cgurgel

Nenhum comentário:

Postar um comentário