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sexta-feira, 4 de setembro de 2009



SOLITUDE

só o caminho do sol
ilumina os meus olhos
aprisionados de tanta paciência e ardor

só o percurso das pedras ao relento
me faz sentir intensamente
ao redor do tempo que me chama

só o raio que da terra partiu
acorda meus braços
tão febris e rodeados de nóis

só o vento que da lua surgiu
me faz testemunha do silêncio
que do teu refúgio partiu

só a brisa
que o rumor febrilmente busca
acalma a noite pagã e ágil

só o eco
que dos teus passos ressoa
molha meus lábios
tão fatigados da tua ausência.

Cgurgel

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