Páginas

domingo, 13 de setembro de 2009



VEREDA DA PELE

acorda-me dolente
assim como quem vai a lua
e nem sente

como quem
deflora a pele
de uma lente

ou como a manhã
que de tão calma
não percebe a multidão,
a gente

acorda-me tão crente
e tão lentamente
que me faça dormir novamente

acorda-me
assim tão quente
por entre a manhã
e seus dentes

por entre suas noites
e tudo que sentes

acorda-me
e deixa-me dormir
novamente
por entre seu dorso
e perdição.

Cgurgel

Nenhum comentário:

Postar um comentário