sexta-feira, 6 de novembro de 2009
TURVO ONTEM
pessoas passam ao meu redor
o mandacarú flora
a ponte tão velha e esquecida
um balanço que o vento reconta
naquela esquina fogos espoucaram
carros de latinhas do leite nestlé
me lembro de tudo como se fosse hoje
subo no pé de cajarana e me farto
a igreja aos domingos e seus pecados
relembro serpentina e o perfume da lança
conto postes, quintais, pirulitos e bonsais
ao meu redor a saudade das praias da infância
o fogo da fogueira aquece a brisa do mar
uma rua escura passa ao largo da foto
vacas e bois descansam na sombra do cajueiro
o estralo da pipoca na biloca que alcança o buraco
a descida que a ladeira oferece aos meus olhos
já não me sinto sentado na cadeira da escola
no parque os brinquedos são tão únicos e sérios
já não escuto a poesia que a vida da cidade padece.
Cgurgel
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